Dyonélio Tubino Machado, nasceu em Quaraí, interior do Rio Grande do Sul, em 21 de agosto de 1895. Durante sua vida, realizou uma série de atividades, que o identificaram como: fundador dos jornais O Martelo (1911) e A Informação (1921); escritor modernista de romances, contos e ensaios; jornalista; médico psiquiatra e ativista político.
Em 1933, Machado publicou Uma Definição Biológica do Crime, resultado de sua tese de Doutorado, onde reproduz o ideário dos pensadores positivistas em relação ao crime e ao criminoso: as ciências biológicas e exatas poderiam "resolver" a equação do crime e de seus causadores. É possível que seu ofício como médico tenha contribuído para tal envergamento ideológico; bem como a morte violenta de seu pai, assassinado quando o autor tinha sete anos de idade.
Da obra, destacam-se a ideia de que o fator psíquico apresenta grande importância dentro do fato "delito" e de que o crime é resultado de alterações de ordens "psicopáticas". Nesse sentido, Machado defendeu uma nova classificação dos delinquentes, fundadas em concepções psicológicas.
Outro ponto relevante de sua biografia, e que certamente influenciou suas obras, foi seu posicionamento político: associado ao Partido Comunista Brasileiro, teve intensa atividade política, que chegou a resultar em prisões políticas. Sua posição ideológica se refletiu nos escritos, como no romance Os Ratos (1935), considerado sua obra-prima.
Lucas Matheus Schünke
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